O rombo no orçamento previsto para 2016 pode mais do que dobrar referente ao valor anunciado pelo governo que foi de R$ 30,5 bilhões.

O relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse nesta terça-feira que a equipe econômica deixou de incluir algumas despesas no texto: R$ 1,5 bilhão em emendas parlamentares com execução obrigatória (orçamento impositivo) e mais R$ 1,9 bilhão do FEX, fundo parecido com a Lei Kandir, que compensa os estados por incentivos dados a empresas exportadoras.

Mesmo após se reunirem, separadamente, com a presidente Dilma Rousseff, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e do Senado Renan Calheiros, rejeitaram a hipótese de devolver ao governo a peça orçamentária com déficit, como pedia a oposição.

Internamente, a avaliação é que, num primeiro momento, foi importante assumir o déficit. Mas dentro de algumas semanas, ficará evidente que o governo subestimou o rombo.